quinta-feira, 10 de maio de 2012

Eu, tu, eles...




A felicidade existe, ou tudo não passa de uma ilusão consumista forjada pelo capitalismo? Precisamos mesmo de instituições como a família, a propriedade privada e o Estado? Cada dia que passa as palavras de Engels fazem mais sentido para mim, o mundo "moderno" e a individualização cada vez maior proporcionada pelo teóricos liberais nos tornaram pessoas egoístas e possesivas, enclausuradas em domicílios onde só nos permitimos dialogar por meio da "rede" e infelizmente não é aquela que os índios dormiam com suas mulheres. E é nesse ponto que eu quero chegar porque se não tivesse alguma sacanagem nesse pequeno texto ele seria publicado em algum blog acadêmico e não neste. Pois é caros leitores aqui estou para tocar o dedo na ferida sobre as relações monogâmicas e toda a farsa que há por trás dela (não posso me considerar uma adepta do amor livre, pois eu ainda preciso ser um tantinho mais evoluída para isso, mas confesso que simpatizo bastante com essa idéia). Nos mais diversos espaços que convivo, seja na família,  na vizinhança, na universidade dentre outros percebo o quanto as pessoas necessitam ter uma relação monogâmica e "estável" para mostar que são  normais, que dividem seus desejos sexuais com apenas um parceiro, que não são pevertidos(as) e que podem sair de mãos dadas livremente pela rua.
Agora vá mais afundo e perceba o quão teatralizante é a vida de algumas pessoas que julgam ter a posse da outra, é isso mesmo ás vezes alguns tratam seus namorados ou namoradas como simples mercadorias que têm um valor pré-fixado de acordo com seus predicados materiais ou simbólicos e que portanto "pertençem" só aquele dono e não podem sentir qualquer outro tipo de sentimento por outra pessoa (como se pudessemos criar uma bolha e morar lá dentro com alguém que amamos). Além disso temos que cumprir  uma série de rituais que alguém estabeleceu que deveriam corresponder a um namoro ou uma vida em comum com outra como ter que dar satisfação de tudo que faz, ligar 200 vezes por dia, ter que ir almoçar com a sogra, usar aliança, ter tesão só por ele(ela) e assim por diante, e como cumprir tudo isso é quase uma penintência, então vêm as mentiras, as brigas, as DR's, as traições e tudo mais, pelo simples e óbvio motivo que o amor não é esse sentimento puro e exclusivo que sentimos por uma pessoa só.
Será que existe alma gêmea? Será que consigo me sentir completa(o) com uma pessoa só? Poque preciso negar ao outro o direito à felicidade por um ato egoísta meu? Será que podemos amar várias pessoas ao mesmo tempo?


Começo e termino esse texto cheia de indagações, não pense que eu sou uma desiludida no amor e por isso estou enchendo o saco escrevendo todas essas coisas, mas é por acreditar nele que passei a refletir sobre tudo isso...

Viva a liberdade de poder amar quem quiser! Ou quantos e quantas quisermos!

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