sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Entre olhares e suor, já não sei onde irá parar
Brincadeiras a parte e um sexo de tirar o fôlego..
Os corpos não conseguem a paz desejada se encontrados a menos de 1 metro.
A solução para esse dilema já foi encontrado..saciar o desejo da forma mais tradicional.
Assim se deixar levar, até que um dia alguém canse da brincadeira.

domingo, 24 de outubro de 2010

Ela sempre gostou de altura,
seus namorados eram sempre os maiores da classe,
seu objetivo era morar na lua, assim longe de todo mundo e de lá poder dar risada de nós pobres terráquios,
sempre teve uma personalidade demasiadamente masculina, o que no entanto nunca estragou seu charme de mulher faceira.
Trocar lâmpadas, armar barraca e subir montanhas eram coisas extremamente simples para ela que sempre desconfiou dos homens, e por isso julgava não precisar deles,
Até o dia que um vagabundo enfeitiçou-a com seu violão e seus lábios carnudos e naquele dia ela se sentiu uma pequena menina se entregando aquela imensidão de músculos e pêlos.
Mas em se tratando de malandros, logo se soube o fim da história, muito sexo, mentiras, roupas rasgadas e feridas que jamais cicatrizariam.
Em busca de ventos mais amenos, ela logo descobriu que escalar paredes e corpos nus eram seus esporte preferido e depois de várias trilhas e homens percorridos, criou sua fórmula infalível de prazer,
Adrenalina + testosterona = orgasmos múltiplos.

domingo, 10 de outubro de 2010

Fretei-me co’a tintureira.

Fretei-me co’a tintureira,


mas dizem os camaradas,

que peca pelas estradas,

porque é puta caminheira:

fui contudo à capoeira,

porque faminto do alho

quis dar de comer ao malho:

mas vi-lhe o cono tão mau,

que tive como mingau

Duas horas o caralho.



Gregório de Mattos.


porque desde os tempos de outrora a putaria já se fazia em rima e verso.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Conto feio de uma puta sem destino.



Já era tarde quando ela saiu de casa com aquele microvestido.


Embebecida de perfume e ácido saiu levando consigo as agruras de um dia de cão e de uma noite que por ela não teria fim.


O ponto de táxi estava vazio e o cheiro de terra molhada já começava incomodar por conta da fina garoa que caía insistentemente.




Era muito mais tarde ainda quando ela chegou onde queria, e um vestido que além de curto, agora transparente mostrava os contornos de um corpo não tão magro, não tão esguio como fora um dia mas que com certeza exalava o odor da experiência, da indecência e de uma raiva incontida que pulava para fora dos seus olhos manchados e do seu decote exagerado...




Quando era dia, já não se sabia mais se o molhado era de chuva, de lágrimas ou de sexo.


Foto: Jean- Paul Nacivet







sábado, 2 de outubro de 2010

"Bocas magílias"




Um dos cantos dos meus lábios se partiu


Está em carne viva.


Dói!


Mas eu aguento...


Foi o veneno que escorreu por ele hoje.


Enquanto o corte, que se abria lentamente, não incomodava


Eu desfrutei...


Bem, não foi apenas eu quem conseguiu tal proeza


Pelo menos mais quatro sentirão um ardor hoje à noite.


Mas é assim..


Sem importar com tamanho do incômodo consequente


Começa-se com um puxão de cabelo e um tapa


Termina... sabe-se lá onde.




(sobre conversas que não deveriam terminar...)

Aviso aos navengantes:

Na última sexta-feira foi realizada uma Assembléia ordinária( tão ordinária, quanto as quatro pessoas presentes) e após horas de acalorada discussão( e bote calor nisso, devia ser o fogo do povo!) foi deliberado pela ala feminina amelirística que seria reservado um dia da semana para que se falasse sobre putaria no blog, pois chegou-se ao concenso que esse é deveras um assunto sério. Além deste irrefutável argumento, há ainda o fato deste espaço permaneçer em repouso de suas atividades por um período excessivamente longo, portanto eu como presidente da mesa e no uso das minhas atribuições informar-vos que todo domingo será dia de falar putaria aqui no Amelírio.

Eu Ana, lavro e assino essa ata.




Bárbaro faltou você na reunião, mas acho que estavas ocupado demais com uma garrafa de vodka...

versos de biblioteca

Achados de um tempo distante, ele era apenas um garoto um pouco anti-social que cultivava uma imensidão de cabelos tão pretos como suas roupas e ela uma menina que via poesia em qualquer pôr-do-sol:

Doces deletérios da beleza

No espelho da Vênus desalmada
Vejo-te errando em passos trôpegos,
na esperança inóqua e inútil
de reerguer o que nunca existiu
Me perco ao olhar-me dentro
dos teus olhos e sinto a dor
da distância em tua presença...
 Troveja dos lábios da ninfa Eco
Uma anátema venenosa
que desvia as cadentes flechas de Eros.
Acertam meu peito a lembrança,
a saudade, a nostalgia, o vazio...
Certezas entalhadas por lápsos relâmpagos de lucidez.




18/04/07

Ana / Mosqueteiro.