sábado, 2 de outubro de 2010

versos de biblioteca

Achados de um tempo distante, ele era apenas um garoto um pouco anti-social que cultivava uma imensidão de cabelos tão pretos como suas roupas e ela uma menina que via poesia em qualquer pôr-do-sol:

Doces deletérios da beleza

No espelho da Vênus desalmada
Vejo-te errando em passos trôpegos,
na esperança inóqua e inútil
de reerguer o que nunca existiu
Me perco ao olhar-me dentro
dos teus olhos e sinto a dor
da distância em tua presença...
 Troveja dos lábios da ninfa Eco
Uma anátema venenosa
que desvia as cadentes flechas de Eros.
Acertam meu peito a lembrança,
a saudade, a nostalgia, o vazio...
Certezas entalhadas por lápsos relâmpagos de lucidez.




18/04/07

Ana / Mosqueteiro.

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