Doces deletérios da beleza
No espelho da Vênus desalmada
Vejo-te errando em passos trôpegos,
na esperança inóqua e inútil
de reerguer o que nunca existiu
Me perco ao olhar-me dentro
dos teus olhos e sinto a dor
da distância em tua presença...
Troveja dos lábios da ninfa Eco
Uma anátema venenosa
que desvia as cadentes flechas de Eros.
Acertam meu peito a lembrança,
a saudade, a nostalgia, o vazio...
Certezas entalhadas por lápsos relâmpagos de lucidez.
18/04/07
Ana / Mosqueteiro.
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