quarta-feira, 30 de maio de 2012

O mapa da 'mina'


Sua missão: chegar ao ponto G.
Primeiro passo: pegar a estrada seguir em frente, 93 quilômetros depois virar a esquerda, logo encontrarás um depósito, caixas embrulhadas e pessoas estranhas, deves se informar sobre o clima e o solo local, pois podes encontrar clima seco e ondas de calor.
Segundo passo: munido de um bom vinho, um cd ou um bom filme suba duas escadas, bata na porta e antes que ela convide, entre. Cuidado com os olhares intimidadores dos vizinhos, mas não olhe pra trás, siga.
Feche portas e janelas, abra o vinho, diga que  nunca a viu mais bonita, que esses quilinhos a mais e essa celulite só lhe tornaram mais humana, frente às outras mortais.
Importante: mesmo que sua vontade seja chegar rapidamente ao Sul, siga sua bússula e começe pelo Norte, essa pressa sempre atrapalha.
Terceiro: Não espere os ventos tortuosos para içar as velas, assim você toma o timão e se orienta pela constelação do Cruzeiro do Sul. Vencida a parte mais difícil do caminho, agora você está no comando e determina o ritmo. Sugiro que coloque samba, jazz, novos baianos ou qualquer embalo que a faça viajar por outros mares.
Use as mãos, sim elas irão procurar qualquer rastro ou indício, podes encontrar um atalho indo pelo pescoço e descendo até os mamilos, a essa altura eriçados, mas mantenha-se firme e desça aos bancos de corais, não se perca no redemoinho do umbigo, mostre pra que veio.
Puxe cabelo, morda, fale o que sempre quis ou apenas fique calado e contemple os olhos dela que podem estar fechados ou abertos nesse momento, depende do grau de exploração do solo.
Creio que já avistastes o X em meio as linhas mal traçadas do mapa, ví sua cara de felicidade e ânsia, mas todo cuidado é pouco nessa hora, use todos os músculos e trabalhe pacientemente até a maré encher e molhar tudo, assim será mais fácil começar a escavação, creio que estarás no caminho certo, um pouquinho mais de esforço e o pote do tesouro estará nas suas mãos.

PS:  Se não quiser não siga nenhuma dessas instruções e confie apenas na sua intuição de marinheiro cansado de guerra.
Tem dias que os dias não são muito convidativos.
Tem semanas que a gente se sentem a pior coisa.
Será que essa tal de serotonina que estão em funcionamento, ou seria um "desfuncionamento"? É eu assisti algo falando sobre isso, e me identifiquei.
Sei lá, só sei que nesses dias o que peço é somente um aconchego em um lugar mais do que qualquer..bem especifico.
Um refugio no mar, ou na mata, para matar minha saudade de mim mesma.
As vezes não me acho no meio dessa gente toda, e sim fora dessa dita "civilização" com suas regras e hipocrisias. Um peixinho fora d´agua, algo assim.
Se existisse outro universo queria ta nele, cansei desse aqui. As principais prioridades deles são as minhas ultimas alternativas..
É deu para perceber que to num dia daqueles. Mais não é só o dia.
Tem horas que olho para os "RAROS" e sejo que também vivem isso, deverímos ter um lugar nosso algo como Hermann Hesse descreve, "entrada para raros", todos vão se classificar como tal, mais poucos saberão o real valor dessa palavra.
Enfim, tem dias em que os dias parecem não acabar


Para finalizar Rauzito!
http://www.youtube.com/watch?v=htfg93q75Pw

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A quem interessa.

“Para curar um amor platônico, só uma trepada homérica”.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

campo minado





No fim das contas eu chego a conclusão de que sou uma besta,
mesmo que muitos pensem que sou inteligente quando domino algum assunto na teoria, isso mesmo na teoria eu só teorizo, reflito, critico, questiono e aí na hora da "praxis" como diria o velho barbudo, eu fico estática, congelo, parece que algo me prende ou me dá um empurrão e saio correndo deixando para traz tudo o que para mim já era uma certeza, aquilo que eu meticulosamente pensava a cada instante, o que por noites eu sonhava fazer, mas mesmo depois de tantos copos de cerveja e tantos olhares atirados eu me recuo, como alguém que sabe que vai perder a guerra e teme pelo vexame, alguém que não gosta de se ariscar pelos territórios alheios por medo de pisar num campo minado e ter qualquer parte do corpo mutilada.
Mas e essa incompletude que sinto agora?Ah o dia depois é sempre o pior, aquele em que se remoem as augruras do não dito, do não feito e do não visto. E de pensar que agora eu daria tudo pra ter novamente outra chance, se tivesse qualquer tostão te trazia pra minha casa, te fazia carinho e passaria a noite descobrindo a fortaleza desse território.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Eu, tu, eles...




A felicidade existe, ou tudo não passa de uma ilusão consumista forjada pelo capitalismo? Precisamos mesmo de instituições como a família, a propriedade privada e o Estado? Cada dia que passa as palavras de Engels fazem mais sentido para mim, o mundo "moderno" e a individualização cada vez maior proporcionada pelo teóricos liberais nos tornaram pessoas egoístas e possesivas, enclausuradas em domicílios onde só nos permitimos dialogar por meio da "rede" e infelizmente não é aquela que os índios dormiam com suas mulheres. E é nesse ponto que eu quero chegar porque se não tivesse alguma sacanagem nesse pequeno texto ele seria publicado em algum blog acadêmico e não neste. Pois é caros leitores aqui estou para tocar o dedo na ferida sobre as relações monogâmicas e toda a farsa que há por trás dela (não posso me considerar uma adepta do amor livre, pois eu ainda preciso ser um tantinho mais evoluída para isso, mas confesso que simpatizo bastante com essa idéia). Nos mais diversos espaços que convivo, seja na família,  na vizinhança, na universidade dentre outros percebo o quanto as pessoas necessitam ter uma relação monogâmica e "estável" para mostar que são  normais, que dividem seus desejos sexuais com apenas um parceiro, que não são pevertidos(as) e que podem sair de mãos dadas livremente pela rua.
Agora vá mais afundo e perceba o quão teatralizante é a vida de algumas pessoas que julgam ter a posse da outra, é isso mesmo ás vezes alguns tratam seus namorados ou namoradas como simples mercadorias que têm um valor pré-fixado de acordo com seus predicados materiais ou simbólicos e que portanto "pertençem" só aquele dono e não podem sentir qualquer outro tipo de sentimento por outra pessoa (como se pudessemos criar uma bolha e morar lá dentro com alguém que amamos). Além disso temos que cumprir  uma série de rituais que alguém estabeleceu que deveriam corresponder a um namoro ou uma vida em comum com outra como ter que dar satisfação de tudo que faz, ligar 200 vezes por dia, ter que ir almoçar com a sogra, usar aliança, ter tesão só por ele(ela) e assim por diante, e como cumprir tudo isso é quase uma penintência, então vêm as mentiras, as brigas, as DR's, as traições e tudo mais, pelo simples e óbvio motivo que o amor não é esse sentimento puro e exclusivo que sentimos por uma pessoa só.
Será que existe alma gêmea? Será que consigo me sentir completa(o) com uma pessoa só? Poque preciso negar ao outro o direito à felicidade por um ato egoísta meu? Será que podemos amar várias pessoas ao mesmo tempo?


Começo e termino esse texto cheia de indagações, não pense que eu sou uma desiludida no amor e por isso estou enchendo o saco escrevendo todas essas coisas, mas é por acreditar nele que passei a refletir sobre tudo isso...

Viva a liberdade de poder amar quem quiser! Ou quantos e quantas quisermos!