Hoje nossos olhos se encontraram por longos segundos e elaborei mentalmente uma simples conclusão: formamos um belo par, mas só assim distantes um do outro e isso não me aflinge mais.
Eu e minha desconfiança capricorniana criaram uma ponte entre nossas afinidades, por isso você fica melhor nas minhas recordações inesperadas do que no meu porta-retrato.
Há coisas que só podem ser imaginadas, não vividas, afinal de contas você não suportaria por muito tempo meu mal-humor matinal ou meus ataques furtivos de carência afetiva.
Só quis te poupar de todo esse constrangimento e sentimentalismo idiota, assim você só lembrará de mim como aquela menina dos olhos verdes dos tempo de outrora, tempos de pôr-do-sol e risos desconcertados.
Não teremos canções para dividir, nem cartas para rasgar, a partir de hoje começaremos de outra forma, não menos carinhosa, só de uma forma possível.