quarta-feira, 18 de abril de 2012

Não temos tempo a perder.


É assim que as coisas funcionam:
Você resolve sair do seu casulo, encarar a vida de peito aberto,
empina seu nariz, diz que agora é mulher independente, sobe no salto alto, encurta a saia,
não saí de casa sem batom, pinta a unha de vermelho, compra uma lingerie por semana,
E ao atravessar a rua, percebe que só você ta colorida e parece que o mundo todo ta em preto e branco,
Mas será que ninguém entendeu que eu agora sou dona das minhas ações, de todo os movimentos do meu corpo, que não espero mais o sinal fechar pra atravessar a rua e me arrisco entre automóveis e transeuntes,
esperando quiçá um olhar raio X, uma virada de pescoço, um suave e descarado: gostosa! vindo em minha direção e acertando em cheio minha alto estima?
Meus hormônios fazendo festa dentro de mim e pareçe que todo mundo ta de luto, pareçe que as redes sociais em vez de aproximar, por vezes separam, já não temos mais deleitosas conversas de olhos nos olhos com quase ninguém.
Viramos máquinas? Ora acordamos com elas nos despertando, usamos uma para sair de casa, não conseguimos desgrudar dos Smartphones, Iphones, Ipads, Tablets e mil e um aparelhos com duzentos aplicativos capazes de fazer qualquer coisa menos reparar atentamente no outro, cada um fica on line na sua e cria seu próprio mundo de frases vomitadas de Caio Fernando Abreu, embora nunca tenha lido um livro dele, ou publicando dezenas de frases idotas que não fazem "a minha alegria" a cada vez que percebo o quanto você é idiota e perde seu precioso tempo que poderia ser gasto com coisas muito mais interessantes.
Duvida? Então arisca tirar sua bunda da cadeira e vim me ver!

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