terça-feira, 12 de junho de 2012

hoje, aqui e agora.


" Você me deixa doído, mas só não me deixará doido, porque isso sou, isso já sou..."

Me lembro muito bem do dia que você e eu desfrutávamos uma cannabis sativa ao som dessa música e eu flertava com a possibilidade de descobrir porque seus olhos brilhavam tanto mesmo estando vermelhos. Mas eu só ria, ria do seu riso, ria da minha situação complicada, ria porque tudo começa a fazer efeito, ria de desespero, ria de medo de ter que ficar longe, mesmo querendo estar perto.
Cada vez que eu fugia dos teus olhares, te negava um abraço ou fingia que não tava vendo você me olhar com cara de tarado, só aumentava nosso  desejo e a intimidade que conquistamos antes mesmo de conhecer cada parte do teu corpo, de ficar impregnada do teu cheiro, teu suor e teu sorriso.
Me viciei no teu abraço, no teu café e no cafuné que você me fazia, nem que fosse só pra mim dormir por 10 minutos.
E de pensar que eu tinha tanto medo de você, de não ser bom, de me decepcionar, de não corresponder suas expectativas e de preferir que você fosse só uma lembrança boa, um sentimento platônico do qual eu não conseguia me livrar.
Agora te garanto que sou outra mulher, aprendi com os mestres da literatura de alcova a me entregar sem medo do que pode acontecer no outro dia, se você vai me ligar, se vamos nos encontrar de novo, se você vai atravessar a rua quando me vê passar ou só me olhar e lembrar das marcas que deixei no seu corpo.
Ainda assim sem saber no que vai dar, te confesso que vivi 4 anos em 4 dias e aproveitei cada momento sem pressa, sem vergonha e sem planos.

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