quarta-feira, 20 de maio de 2009





Ando muito complexo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíuo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independencia tem algemas.

Poema de Manoel de Barros

...qualquer palavra minha seria infima de sentido diante de tal beleza e singularidade,enfim estou a voar fora da asa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário